Três Palavras-Chave para Entender a Economia da China

2025-04-23

Em meio à inflação e turbulências geopolíticas, a economia da China é motor da recuperação econômica global.

 

Estabilizar o crescimento econômico dando ímpeto ao mundo

 

A China, registando o PIB de 134,9 trilhões de yuan e crescendo 5% em 2024, atingiu a meta de crescimento. A taxa do crescimento da China está entre as mais altas das principais economias. O crescimento econômico da China se equivale ao PIB anual de uma economia de porte médio. Com uma contribuição de aproximadamente 30% para o crescimento da economia mundial, a China continua sendo um motor robusto para a estabilidade e o desenvolvimento da economia global. O país estabeleceu a meta de crescimento econômico de cerca de 5% para 2025. Demonstra que, como a segunda maior economia do mundo, tem tanto a confiança e a determinação em promover um desenvolvimento de alta qualidade, como o compromisso e a responsabilidade de impulsionar a economia mundial e gerar oportunidades de desenvolvimento. Isto injetará vigor no crescimento econômico global.

 

A China fortalece sua base com um conjunto de medidas de ajuste anticíclico extraordinário. A elevação do déficit fiscal para 4% do PIB, um recorde histórico, libera mais recursos para dinamizar o mercado. A emissão de títulos do tesouro especiais de prazo ultralongo apoia a atualização do consumo. A implementação de uma política fiscal mais proativa e uma política monetária adequadamente acomodatícia, como cortes no depósito compulsório e na taxa de juros, impulsiona o desenvolvimento das empresas. As políticas da China equilibram a firmeza e a flexibilidade, criando um “porto seguro” para as cadeias produtiva e de suprimentos do mundo.

 

Fomentar o consumo em benefício às pessoas

 

A China aproveita um mercado de ultra-grande escala de 1,4 bilhão de pessoas e adota uma série de políticas favoráveis para dinamizar a produção e o consumo. No lado da produção, a otimização de políticas e a ampliação dos canais de financiamento facilitam a atuação de empresas privadas, criam muitos empregos e aumentam a renda da população. No lado do consumo, cenários de consumo cada vez mais diversificados liberam o potencial de consumo em diversos setores. Títulos do tesouro especiais de prazo ultralongo de 300 bilhões de yuan impulsionam a troca de usados por novos, desencadeando um boom de consumo. Muitos consumidores modernizam suas casas com eletrodomésticos inteligentes ou compram automóveis de modelos mais novos.

 

A China combina a demanda interna forte com a oferta de alta qualidade. Usamos como caso exemplar o Porto de Chancay, inaugurado durante a visita do Presidente Xi Jinping no ano passado. A rota “Chancay-Shanghai” contribui fortemente ao comércio entre a China e a América Latina e Caribe (ALC). Desde a sua inauguração no final de 2024, tem reduzido em 40% o tempo de transporte marítimo e em mais de 20% o custo logístico do Peru à China. A rota leva produtos típicos da ALC, como café, camarão vermelho, abacate e cerejas, para grandes cidades e plataformas de comércio eletrônico na China. Também impulsiona o comércio entre países da ALC como Brasil, Equador e Colômbia e a Ásia, daí criando um círculo virtuoso entre a demanda chinesa e a capacidade produtiva da ALC.

 

Ampliar a abertura em busca por ganhos compartilhados

 

A abertura institucional traz oportunidades e benefícios para empresas chinesas e estrangeiras. As políticas de “atrair para a China” vêm se aprofundando e oferecem um ambiente empresarial mais justo para empresas estrangeiras. O Plano de Ação 2025 para Estabilizar o Investimento Estrangeiro eliminou totalmente as restrições de acesso de investimento estrangeiro ao setor manufatureiro e promove a abertura piloto em serviços como telecomunicações, saúde e educação. Nos últimos anos, a abertura institucional tem atraído investimentos do crescente número de empresas multinacionais, como Tesla, Airbus, Sanofi, Samsung e Vale, que aproveitam a tendência e alcançam ganhos compartilhados.

 

Práticas para “ir ao exterior” rendem frutos notáveis. Na ALC, onde se concentram muitos países do Sul Global, empresas chinesas investem proativamente em projetos nas áreas de infraestrutura, energias renováveis, economia digital, etc. Da Linha 1 do Metrô de Bogotá na Colômbia, ao projeto de linha de transmissão em ultra-alta tensão da UHE Belo Monte no Brasil; do Parque Industrial Phoenix em Trinidad e Tobago, à implantação das redes 5G em múltiplos países latino americanos, a cooperação China-ALC prospera tanto em infraestrutura como em inovação. Esta cooperação promove a conectividade regional, acelera a transição energética e eleva o nível do desenvolvimento digital.

 

Diante da transformação global nunca vista em um século, a China responde à incerteza global com certeza das próprias políticas. Não apenas nos apresenta como uma economia se desenvolve com resiliência, mas também mostra em ação o conceito de formar uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade.

 

CRI

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