
Peças de dois volumes dos mais antigos manuscritos de seda chineses e perdidos nos Estados Unidos regressaram neste domingo (18) à pátria.
Após inspeções e outros procedimentos, os tesouros serão colocados no depósito de relíquias da Administração Nacional do Patrimônio Cultural e serão exibidos ao público no Museu Nacional da China em julho.
Os volumes II e III dos Manuscritos de Seda de Chu, que têm 2,3 mil anos de história e são as peças raras da espécie mais antigas já descobertas em território chinês, chegaram ao Aeroporto Internacional de Capital de Beijing na madrugada deste domingo, horário local.
Descobertos em 1942 em Zidanku, na região central da China, os tesouros são os únicos manuscritos de seda conhecidos do período dos Reinos Combatentes. No entanto, os manuscritos foram levados de forma questionável para os EUA em 1946, permanecendo no país desde então.
Com base na sólida e completa cadeia de evidências formada pelo rastreamento da origem e pelas pesquisas sobre a circulação das relíquias, a parte estadunidense acabou por concordar, após várias rodadas de consultas, em retirar os volumes II e III de sua coleção e devolvê-los à China.
Em abril deste ano, o Grupo de Mídia da China (CMG, na sigla em inglês) veiculou um programa especial sobre os manuscritos e publicou uma série de artigos apresentando a história das relíquias, fornecendo fortes evidências para as autoridades chinesas de patrimônio cultural recuperarem as peças preciosas perdidas no exterior por 79 anos.