
Este ano assinala-se o 80.º aniversário da vitória na Guerra Mundial contra o Fascismo e da fundação das Nações Unidas.
Há 80 anos, perante as sombrias e malignas forças do fascismo, pessoas de diferentes países, nações, sistemas sociais e ideologias uniram-se e, através de enormes sacrifícios, garantiram o triunfo da justiça e da paz, assinalando o início de um novo capítulo na reconstrução da ordem mundial pós-guerra e na procura de uma paz duradoura para a humanidade.
Nos últimos 80 anos, tendo como tema a paz e o desenvolvimento e impulsionada por ondas de inovação científica e tecnológica, a civilização humana desfrutou de uma prosperidade sem precedentes, o mundo tornou-se mais interligado do que nunca e a humanidade tornou-se cada vez mais uma comunidade com um futuro comum, partilhando alegrias e tristezas.
Hoje, 80 anos depois, estão a ocorrer transformações no mundo, inéditas no último século, a um ritmo mais rápido. Mudanças no mundo, nos nossos tempos e na trajetória histórica estão a acontecer de formas nunca antes vistas. Mais uma vez, a humanidade chegou a uma encruzilhada entre a união e a divisão, o diálogo e o confronto, a cooperação mutuamente benéfica e os jogos de soma nula.
Como representantes da juventude de todo o mundo, valorizamos profundamente a paz e reconhecemos as responsabilidades da nossa geração. A humanidade só poderá abraçar um futuro mais brilhante se valorizar a paz e defender a unidade. Nesse sentido, lançamos solenemente a Iniciativa Mundial da Juventude pela Paz, apelando aos jovens de todo o mundo para que se unam em prol da paz, do desenvolvimento e da construção do nosso futuro comum.
Apelamos aos jovens para que defendam a paz mundial. A história não deve ser distorcida, a justiça deve ser defendida e a paz deve ser salvaguardada. Os jovens de todas as nações devem aprender com a história e tomar medidas concretas para defender a paz, opor-se a todas as formas de guerra e violência, bem como rejeitar o unilateralismo, o hegemonismo e o protecionismo. Juntos, devemos defender os resultados alcançados com grande esforço após a Segunda Guerra Mundial, salvaguardar o sistema internacional com as Nações Unidas no seu cerne e a ordem internacional baseada no direito internacional, e pôr em prática um verdadeiro multilateralismo, contribuindo com a força da juventude para a causa da paz global.
Apelamos aos jovens para que sejam pioneiros na aprendizagem mútua entre civilizações. Para salvaguardar a paz mundial, é necessário construir primeiro defesas da paz nas nossas mentes. Os jovens de todo o mundo devem defender os princípios da igualdade, da aprendizagem mútua, do diálogo e da inclusão entre civilizações, permitindo que os intercâmbios culturais ultrapassem as diferenças, que a aprendizagem mútua supere os conflitos e que a coexistência vá além dos sentimentos de superioridade. Desta forma, poderão contribuir com a sua sabedoria para promover a harmonia entre civilizações e aprofundar a amizade entre os povos.
Apelamos aos jovens para que defendam uma cooperação mutuamente benéfica. O desenvolvimento é a pedra angular da paz. Os jovens de todas as nações devem aderir à filosofia de cooperação e desenvolvimento comum. Devemos aprofundar e expandir a cooperação juvenil, tirando pleno partido dos mecanismos e plataformas multilaterais e regionais, e participar ativamente na implementação da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável e dos resultados da Cimeira do Futuro, a fim de dar um novo impulso na redução das disparidades globais de desenvolvimento e na promoção de um crescimento global inclusivo e equitativo.
Apelamos aos jovens para que enfrentem as alterações climáticas. As alterações climáticas representam uma ameaça ao nosso lar comum, o planeta Terra. Os jovens de todas as nações devem agir com o espírito de "promover a solidariedade global" e envolver-se ativamente em ações climáticas globais, demonstrando o compromisso da juventude em apresentar soluções inovadoras para a crise climática, melhorar a gestão ambiental global e enfrentar os desafios internacionais em conjunto.
Apelamos aos jovens para que promovam "tecnologias para o bem social". Embora os avanços tecnológicos proporcionem oportunidades de paz, também apresentam novos desafios. Os jovens de todas as nações devem estar na vanguarda de áreas emergentes como a inteligência artificial, assumir responsabilidades e trabalhar para que os avanços tecnológicos beneficiem toda a humanidade, garantindo que o desenvolvimento digital continua a ser inclusivo. Desta forma, poderão contribuir com soluções propostas pelos jovens para melhorar a governação tecnológica global e construir um futuro global mais inclusivo, justo e sustentável.
Há oitenta anos, os nossos antecessores venceram a escuridão através da união. Oitenta anos depois, cabe-nos a nós, jovens, definir o futuro através da ação. Vamos aproveitar o 80.º aniversário da vitória na Guerra Mundial contra o Fascismo e da fundação das Nações Unidas para dar um novo impulso, unindo-nos em prol da paz e trabalhando lado a lado pelo futuro comum da humanidade!
Fonte: Embaixada da República Popular da China na República Portuguesa