A China tomará a iniciativa de se abrir mais no período do 15º Plano Quinquenal, disse Wang Wentao, ministro do Comércio chinês, nesta sexta-feira.
Com foco no setor de serviços, serão feitos esforços para expandir o acesso ao mercado e as áreas de abertura de 2026 a 2030, afirmou Wang em uma coletiva de imprensa, citando as Propostas do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) para a Formulação do 15º Plano Quinquenal de Desenvolvimento Econômico e Social Nacional, que foram adotadas pela quarta sessão plenária do 20º Comitê Central do PCCh, concluída na quinta-feira.
O país ampliará programas-piloto para promover a abertura em áreas como telecomunicações de valor agregado, biotecnologia e hospitais de capital totalmente estrangeiro, ao mesmo tempo que aumentará a abertura nos setores educacional e cultural de maneira ordenada, afirmou Wang.
A China acelerará o avanço dos acordos comerciais e de investimento regionais e bilaterais e expandirá sua rede de zonas de livre comércio de alto padrão, acrescentou Wang.
Em relação ao comércio, a China planeja aumentar o comércio de bens intermediários e o comércio verde, melhorar o sistema de gestão da lista negativa para o comércio transfronteiriço de serviços e aumentar constantemente a abertura no comércio digital, de acordo com Wang.
A China também intensificará os esforços para aumentar as importações, a fim de atender às necessidades de transformação e modernização industrial, bem como à demanda da população por uma vida melhor, afirmou Wang.
Para criar novas vantagens na atração de investimentos estrangeiros, a China promoverá um ambiente institucional transparente, estável e previsível, declarou ele.
"Vamos acelerar o desenvolvimento de novas forças produtivas de qualidade, promover o crescimento de indústrias como inteligência artificial (IA), biotecnologia e novas energias, e transformar o vasto mercado da China em um campo de testes, uma arena de aplicações e um centro de lucros para a inovação mundial", manifestou Wang.
Salientando que a Iniciativa Cinturão e Rota não é uma "atuação solo", mas um "coro", Wang disse que a China aprofundará a cooperação pragmática com os países relacionados em comércio, investimento, indústria e intercâmbios culturais, ao mesmo tempo que expandirá a colaboração em desenvolvimento verde, economia digital e IA.
"Daqui para frente, seja na abertura ou na atração de investimentos, evitaremos abordagens de soma zero que prejudiquem os outros em benefício próprio", afirmou Wang. "Em vez disso, vamos nos concentrar no desenvolvimento mutuamente benéfico e compartilhado."