A China busca transformar várias cidades em centros internacionais de consumo para ampliar o fluxo de turistas estrangeiros e estimular seus gastos no país.
Desde 2018, o país vem adotando políticas para incentivar esse processo, incluindo a ampliação da isenção de vistos para mais países e o aperfeiçoamento do sistema de reembolso de impostos para turistas estrangeiros. Essas medidas têm aumentado o interesse por viagens e compras na China.
Dados oficiais mostram que, no ano passado, a China recebeu 132 milhões de visitantes internacionais, um crescimento de 60,8% em relação ao ano anterior. Os gastos totais desses turistas somaram US$ 94,2 bilhões, alta anual de 77,8%.
Liu Xiangdong, vice-diretor do Departamento de Informação e Pesquisa Científica do Centro de Intercâmbios Econômicos Internacionais da China, afirmou que desenvolver esse tipo de cidades e ampliar o consumo entrante ajuda a modernizar e elevar a qualidade dos setores comercial, turístico e cultural, além de reforçar a visibilidade internacional das cidades chinesas.
Segundo ele, experiências internacionais mostram que o consumo impulsionado pelas chegadas de estrangeiros também pode estimular a demanda doméstica por consumo e investimento, oferecendo novo impulso ao crescimento econômico.
Em 2024, os gastos de turistas estrangeiros corresponderam a cerca de 0,5% do PIB chinês, enquanto em outros países com forte mercado turístico, essa proporção varia entre 1% e 3%, o que indica amplo potencial de expansão do consumo entrante.
Sheng Qiuping, vice-ministro do Comércio, afirmou que o ministério trabalhará com outras instituições relevantes para ampliar, de maneira ordenada, a isenção unilateral de vistos para mais países, aprimorar o serviço de reembolso de impostos, avançar na construção de cidades-chave de consumo internacional, desenvolver mais polos urbanos voltados ao consumo internacional e criar ambientes comerciais mais favoráveis ao consumo entrante, seguir criando cenários de consumo diversificados e organizar adequadamente as atividades da série "Comprar na China".
"Nos esforçaremos para garantir que os consumidores de todas as partes do mundo tenham mais facilidades ao chegar, mais comodidade ao viajar, possam fazer compras gastando menos e experimentar uma China mais aberta, inclusiva, diversificada e inovadora", disse Sheng.