Futuro da indústria automotiva reside na cooperação com a China, diz relatório

2025-12-18

O mercado global de carros de passeio deverá atingir um novo recorde em 2025, e seu futuro dependerá cada vez mais da cooperação com a China, segundo um relatório de pesquisa automotiva alemão divulgado na segunda-feira (15).

 

De acordo com a previsão do Centro de Pesquisa Automotiva (CAR, na sigla em inglês), as vendas globais de carros de passeio devem atingir 81,3 milhões de unidades em 2025, o nível mais alto em oito anos. A China continua desempenhando um papel fundamental tanto na produção quanto na demanda.

 

O diretor do CAR, Ferdinand Dudenhoeffer, observou que o vasto mercado chinês e a cadeia de suprimentos integrada estão proporcionando crescentes economias de escala, enquanto os avanços em baterias, veículos de nova energia e direção autônoma estão remodelando a indústria automotiva global. "Quem não está na China não está no negócio de carros", afirmou ele no relatório.

 

Entre os 15 maiores mercados automotivos do mundo, as vendas de carros de passeio na China, Estados Unidos, Índia e Turquia devem aumentar em mais de 4% em 2025. Em contraste, os principais mercados europeus devem apresentar desempenho inferior, com as vendas na Alemanha crescendo apenas 0,7%, enquanto França e Itália devem registrar quedas de 4,8% e 2,6%, respectivamente.

 

Para 2026, o CAR prevê que as vendas globais aumentem 2,6%, atingindo 83,4 milhões de unidades em todo o mundo. A Ásia deverá superar esse crescimento, com um aumento de 3,8%, impulsionado principalmente pela crescente participação da China na produção e nas vendas.

 

"A Ásia é o continente dominante na indústria automotiva, com a China detendo uma liderança inquestionável", afirmou Dudenhoeffer.

 

Em 2025, mais de 60% da produção global de automóveis de passageiros terá ocorrido na Ásia, em comparação com cerca de 15% na Europa, de acordo com o relatório. A Alemanha e outros produtores europeus devem perder ainda mais terreno em 2026, devido à intensificação da concorrência global e ao impacto das políticas tarifárias dos EUA.

 

Portuguese People

NOTÍCIAS RELACIONADAS